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Foto do escritorVictória Profirio

Apoio terapêutico: Ipefem abre novas inscrições para ajudar mulheres com burnout

A iniciativa é gratuita e ocorrerá de maneira virtual, as inscrições vão até o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher


Freepik


Após o sucesso do primeiro encontro, que ocorreu no início de fevereiro, o Instituto de Pesquisa de Estudos do Feminino e das Existências Múltiplas - Ipefem, abre novas inscrições para o Grupo de Apoio Terapêutico para Mulheres com Burnout. O projeto de educação em saúde mental promove terapia em grupo para ensinar a identificar e interromper violências socioemocionais no trabalho, além de ferramentas para aumentar a percepção de si mesma.


A iniciativa é gratuita e ocorrerá de maneira virtual, com o objetivo de auxiliar mulheres que apresentam sintomas relacionados com a síndrome. As interessadas deverão cadastrar-se no site para triagem até 08 de março, Dia Internacional da Mulher.


O burnout é uma doença ocupacional resultante do estresse crônico no trabalho que pode levar à exaustão física e mental, despersonalização e diminuição da realização pessoal. Segundo um estudo da FEEx - FIA Employee Experience, realizado com 188 mil pessoas de 419 empresas brasileiras, ao comparar gêneros, as mulheres apresentam 12% a mais de cargas mentais do que os homens, e 73% mais casos de burnout.


Embora possa afetar qualquer pessoa, existem algumas razões pelas quais as mulheres estão mais suscetíveis a desenvolver esse problema. Entre as principais razões, estão as múltiplas funções e os desafios adicionais em suas vidas pessoais e profissionais.


Para a psicanalista e Fundadora do Ipefem, Ana Tomazelli, o burnout afeta muito mais mulheres do que homens por conta de uma combinação de fatores relacionados à desigualdade de gênero. ‘’Já comprovamos, estatisticamente, que um ambiente mais hostil para as mulheres é diretamente proporcional a maiores níveis de burnout para elas. As brincadeiras com aparência, a falta de apoio em relação à maternidade e as exigências incompatíveis com uma vida pessoal saudável, além de pressões frequentes no que se referem a estereótipos de gênero, são os principais fatores para a desmotivação e o desenvolvimento de doenças’’, pontua a especialista, que atuou como executiva de Recursos Humanos por mais de 20 anos.


Em resumo, é importante que a sociedade trabalhe para mudar esses fatores e ofereça um respaldo emocional e social às mulheres, para ajudá-las a prevenir e superar a síndrome de burnout ou qualquer outra doença que tenha tido início a partir de uma sobrecarga em suas tarefas.


Buscar auxílio em projetos terapêuticos poderá ajudar a lidar com problemas emocionais, mentais e comportamentais. ‘’Estar em um espaço seguro, confidencial e onde possa compartilhar seus medos ou problemas, é o primeiro passo para começar a lidar com emoções difíceis. Isso nos ajuda a desenvolver habilidades de enfrentamento saudável, a fim de melhorarmos nossa qualidade de vida e nosso relacionamento com o próximo e conosco mesmo’’. Finaliza Tomazelli.


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