Na tarde do dia 29 de outubro, comparecemos a Coletiva de Imprensa do filme ´´A Odisseia dos Tontos``. O evento reuniu jornalistas para uma entrevista exclusiva com o diretor Sebastian Borensztein e o produtor Federico Posternak.
O longa se passa durante o ano de 2001, em uma pequena cidade de Buenos Aires, quando um grupo de moradores decidem formar uma sociedade, para comprar um silo abandonado em uma propriedade agroindustrial. Ao arrecadar a quantia necessária para o projeto, os sócios sofrem um golpe e perdem todas as suas economias, a partir de então, eles se reúnem para combater a injustiça.
A produção é baseada em um livro do também coprodutor do longa Eduardo Sacheri, chamado ´´La Noche de La Usina``, que inclusive chegou a ser adaptado para uma novela argentina. Sebastian Borensztein explicou que o processo da adaptação da obra literária durou cerca de dois anos, pois, existia a preocupação em respeitar a história contida no livro, e o filme deveria abordar um ponto de vista diferente.
Sebastian e Federico também comentaram sobre as mudanças que ocorreram referente aos personagens. Posternak contou que o livro é um pouco masculinizado, nele existe apenas uma única personagem feminina, o que é totalmente diferente no filme, já que a presença da personagem Ligia (Verónica Llinás), é uma das figuras mais marcantes da história.
Questionados sobre quais foram as maiores dificuldades encontradas para a execução do filme, Federico revelou que tudo foi realizado com trabalho duro, e que não houve empecilhos. Contou que a produção conseguiu escalar todos os atores que queriam, e que a história era algo cativante, o que se tornou a sintonia perfeita.
Sebastian complementou a fala do produtor, contando que tiveram a honra de trabalhar com Andrés Parra, que interpreta o personagem Fortunato Manzi. O ator colombiano possui uma agenda tumultuada, mas conseguiu se dedicar inteiramente ao filme, durante os dias de filmagem.
A crise do ´corralito` (cercadinho) como é descrito no longa, de fato aconteceu na Argentina, em 2001, uma época de colapso econômico, que forçosamente congelou a conta bancária da população, impedindo que as pessoas fizessem retiradas de depósitos de suas contas correntes. Sebastian comentou que a melhor forma de lidar com a dor social e econômica, é através do humor, e que sem ele seria impossível imaginar o filme, que trata principalmente da dor individual dos personagens.
Texto publicado no site CFNotícias.
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