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Foto do escritorVictória Profirio

Coletiva: O Juízo

Atualizado: 14 de nov. de 2022



Na tarde de ontem, 02 de dezembro, participamos da coletiva de imprensa do filme ´´O Juízo``, no local estavam presentes o diretor Andrucha Waddington, a roteirista Fernanda Torres, e os atores Carol Castro, Felipe Camargo e Criolo. O evento ocorreu logo após a exibição do longa para jornalistas, onde a produção e o elenco responderam as dúvidas sobre o surgimento desse projeto.


Andrucha deu início as entrevistas comentando sobre como foi o processo de escolha do elenco. O diretor contou que embora seja um filme que tenha apenas 7 personagens, a junção do casting aconteceu aos poucos, e que cada ator escolhido ofereceu muita precisão e personalidade para os personagens que seriam vivenciados.


Em relação as questões visuais, como a fotografia e o enquadramento das cenas, Waddington mencionou que tinha o desejo de que essa produção fosse realizada em tons cinzentos e nublados, e que até conseguiu a ajuda da natureza para que isso se concretizasse, já que durante dois meses de filmagem, o sol só apareceu em dois dias.


Um outro grande desafio enfrentado pela equipe durante as gravações, era que a casa escolhida para as realizações das filmagens, não possuía eletricidade, entretanto, essa questão acabou vindo a calhar, já que uma das propostas do longa, era que toda a ambientação fosse bem escura. O diretor também revelou uma curiosidade interessante, todas as cenas que foram gravadas dentro dessa locação, eram iluminadas apenas por velas.


Quando questionada sobre a ideia do roteiro, Fernanda Torres contou que sempre que visitava Minas Gerais, observava as histórias sobre carmas que assolavam não só as fazendas da região, mas o nosso país. A roteirista comentou sobre a herança da escravidão, e o extrativismo que no longa é voltado principalmente aos diamantes, ainda ressaltou que acreditava que Minas renderia uma boa história de terror e suspense, principalmente em uma fazenda que representa uma dívida eterna sobre o período do escravismo.


Criolo comentou que infelizmente não falta terror e drama em nosso país, e complementou a fala de Fernanda, dizendo que mais uma vez a arte está nos proporcionando um espaço para nos questionarmos sobre como as coisas chegaram a esse ponto. As questões sociais, o afeto, a construção das famílias, para o ator todos esses aspectos estão distribuídos em camadas, nas quais cada indivíduo busca um panorama positivo sobre a cultura do nosso povo, e as nossas histórias.


Em meio aos problemas relacionados a cultura, e principalmente ao audiovisual, 2019 ainda foi um grande ano para as produções brasileiras. Questionado sobre o atual cenário político, Andrucha mencionou que a sétima arte faz parte da identidade cultural do país, e que sempre existiram momento duros, e favoráveis. Ainda ressaltou que, o importante é continuar lutando para que a pluralidade continue sendo pauta fundamental da identidade do nosso cinema.



Texto publicado no site CFNotícias em 02/12/2019.


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