“Filhos do Ódio” (Son of the South), dirigido por Barry Alexander Brown e produzido por Spike Lee, se passa em 1961, no Mississipi, quando Bob Zellner (Alex Summers), um jovem universitário branco, neto de um membro do grupo reacionário extremista Ku Klux Klan, apoiador da supremacia branca e anti-imigração, decide estudar sobre as questões raciais no país, tornando-se também um aliado na luta pelos direitos civis dos negros, sem imaginar as consequências de suas decisões.
O filme explora fatos reais, baseados principalmente no livro biográfico intitulado de The Wrond Side of Murdes Creek, escrito por Bob Zellner e Constance Cury. A história não se aprofunda em muitos detalhes, mas consegue narrar uma trajetória interessante do protagonista.
De forma simples e sem enrolação, a produção encaixa perfeitamente Organizações, fatos e pessoas importantes daquela época, a uma história que não precisa de muito para ser compreendida. Um dos pontos fortes do longa está em mostrar grandes líderes do movimento negro, como Rosa Parks, uma ativista que ficou muito conhecida ao recusar-se a ceder seu lugar no ônibus a um homem branco.
Outro nome marcante é John Lewis, considerado um dos grandes líderes do Movimento dos Direitos Civis em ações contra a segregação. Assim como Rosa, Lewis tornou-se símbolo de uma causa revolucionária e luta antissegregacionista.
De modo geral, o roteiro chama a atenção por passar uma mensagem sobre direitos, lutas e a liberdade, em uma época sombria, marcada pela intolerância, ideais extremistas, além da discriminação racial institucionalizada pela lei dos Estados Unidos, promovendo barreiras sociais que incitavam a violência contra a comunidade negra no país.
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