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Foto do escritorVictória Profirio

Crítica: As Trapaceiras

Atualizado: 14 de nov. de 2022


O longa dirigido por Chris Addison, conta a história de Josephine (Anne Hathaway) e Penny (Rebel Wilson), duas jovens golpistas com métodos de atuação um pouco diferentes. Josephine é uma mulher elegante, já Penny é mais informal e despojada, ambas procuram homens ricos para praticar seus golpes. Elas se conhecem no decorrer do filme, onde é criado um certo conflito de interesse, uma passa a precisar da ajuda da outra, para que seus planos deem certo. A partir de uma aposta, elas conhecem o mais novo milionário da tecnologia, Thomas Westerburg (Alex Sharp), e passam a concorrer pela fortuna do jovem, elas irão descobrir que podem trabalhar juntas ou que serão grandes concorrentes.


Apesar de ser uma comédia, o filme arranca poucas risadas, não tem nada extremamente divertido. O diálogo foi construído de forma bem inteligente, o sarcasmo foi empregado diversas vezes, o que acredito que nos poupou de alguns palavrões, coisa que tem sido acrescentada como forma de humor.


Anne Hathaway estava excelente, seu jeito delicado deu vida a uma personagem com traços de sofisticação na medida certa, inclusive com o sotaque inglês que a atriz utilizou, dificilmente consegui identificar seu sotaque americano. Quanto a Rebel Wilson, acredito que a produção são soube a aproveitar corretamente, a atriz que também é comediante, tem cenas um pouco forçadas, muitas vezes ela foi retratada como folgada, ou grudenta demais, fato que poderia ter sido desenvolvido de outra maneira.


Normalmente, filmes com protagonistas espertalhões tendem a ter um final clichê, este longa teve um diferencial, o que foi muito bacana, já que por mais que o filme não fosse hilário, ele foi atrativo, e gerou uma expectativa quanto ao futuro das personagens. O final é bem interessante, e acredito que foi uma jogada bem assertiva da produção, já que ninguém imaginaria que algo do tipo pudesse acontecer.


É uma comédia que vale a pena prestigiar, o jogo de articulação que as personagens utilizam é empolgante, isso faz com que o enredo te cative e que faz com que o público entre nessa disputa junto com as atrizes, no final acabamos por jogar no mesmo lado.



Texto publicado no site CFNotícias, em 25/07/2019.


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