top of page
Foto do escritorVictória Profirio

Crítica: Branca Como a Neve

Atualizado: 14 de nov. de 2022


Temos uma nova versão de Branca de Neve para a conta, a diferença é que esse longa tem a classificação indicativa para maiores de dezoitos anos. Pois, não estamos apenas falando sobre a vida de uma princesinha, mas de uma jovem que se aprofundará em experiências românticas e carnais.


´´Branca Como a Neve`` (Blanche Comme Neige/Pure as Snow) dirigido por Anne Fontaine, conta a história de Claire (Lou de Laâge), uma jovem que trabalha no hotel de seu falecido pai, que agora é administrado por sua madrasta Maud (Isabelle Huppert). Quando o padrasto da garota se apaixona por ela, Maud é tomada pelo ciúmes, e planeja meios de tirar sua enteada do caminho. Dessa forma, a jovem encontrará ajuda em uma fazenda, e no decorrer da história conhecerá sete homens, de diferentes idades e personalidades, que a farão conhecer um mundo de descobertas.


Não é tão difícil pensar em versões atuais para os contos de fadas, já que muitas refilmagens foram produzidas com o passar dos anos. Porém, ninguém chegou tão perto de retratar a intimidade da protagonista de uma forma que explorasse sua sensualidade, e ao mesmo tempo conseguisse usufruir do romance e da transparência de sentimentos.


No longa, Claire passa por um processo de autoconhecimento que não demora muito para aflorar. Ao mudar-se para a fazenda, a jovem se sente leve, percebe que tem a oportunidade de construir uma história diferente, e que não será julgada por isso. Ela tem a liberdade que sempre sonhou, e isso a faz se sentir viva, como nunca se sentiu antes.


O filme chegou para quebrar certos rótulos, e abordou fatos que ainda são considerados tabus em sociedade, como a liberdade sexual da mulher. Ter mais de um parceiro pode causar inconformidade em algumas pessoas, e no filme isso foi retratado de uma forma inocente, e apaixonante. Existe paixão e entrega por partes das pessoas envolvidas naquela relação, e em momento algum, isso é visto com maus olhos pelos que estão de fora.


Em uma entrevista sobre o filme, a diretora foi questionada sobre reformular a história, e se de alguma maneira isso causaria alguma perda, ela contou que é interessante se surpreender com um novo projeto. Particularmente, acredito que Anne foi bem assertiva ao produzir algo que esteja fora do que estamos acostumados a ver. O longa está lindo, e o capricho em cada detalhe torna a história adorável.



Texto publicado no site CFNotícias, em19/09/2019.


Link da publicação:



1 visualização0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page