É inegável que o brasileiro entende de comédia, nosso país possui uma ampla gama de filmes de humor, muito bem produzidos e protagonizados por comediantes de primeira linha. O longa ´´Chorar de Rir`` não faz jus ao nome, porém, seu enredo é divertido e a história é contada de forma leve.
Dirigido por Toniko Melo, o filme retrata a história de Nilo Perequê (Leandro Hassum), um famoso comediante, que recebe um prêmio importante, mas não acredita que seu trabalho seja levado a sério, ele então decide mudar radicalmente os rumos de sua carreira, migrando da comédia, para o drama.
O filme é superbem produzido, os personagens têm uma química bacana, e a história é muito bem contada, a mistura de realidade e fantasia, deu um ar cômico a uma situação consideravelmente ´´desesperadora`` para o personagem principal, a sonoplastia também ajudou muito, em algumas cenas, a versão instrumental da música ´despacito` foi muito bem empregada.
Fora o elenco muito bem escalado, tiveram também convidados especiais, Sérgio Malandro, apareceu por apenas alguns segundos, e outros atores como Fúlvio Stefanini e o também cantor Sidney Magal, estiveram em cenas breves.
Apesar de alguns palavrões, ´´Chorar de Rir``, traz a típica comédia nacional que estamos acostumados a assistir, aquele personagem principal totalmente atrapalhado, que só se dá mal na vida, mas que apesar de tudo, possui o carinho e a torcida do seu público. Os filmes de comédia brasileiro, geralmente costumam nos cativar, por diversos aspectos, entre eles, está a inclusão da diversão em família.
Como foi dito, o filme em si, não faz ninguém chorar de rir, mas toda a história, e principalmente o seu final, servem como uma reflexão, talvez devêssemos parar para pensar até que ponto é saudável ouvir a opinião dos outros, a respeito de nós mesmo, ou de como é feito nosso trabalho. Pode ser que mudar de ares, seja um tiro no escuro, que vai te fazer dar o primeiro passo em direção a uma nova jornada. As pessoas possuem dons, cada um é bom em fazer algo, mas também não significa que tenha que fazer sempre a mesma coisa, as vezes é necessário se arriscar, e adaptar-se a outros ambientes, outras pessoas, outros assuntos, afinal, talvez devêssemos experimentar pensar fora da caixinha.
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