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Foto do escritorVictória Profirio

Crítica: O Ano de 1985

Atualizado: 14 de nov. de 2022


Hoje em dia infelizmente ainda encontramos na sociedade um certo tabu a respeito da homossexualidade, e ele se torna ainda maior quando a opção sexual vem acompanhada de alguma doença sexualmente transmissível. O filme retratou o lado sensível de uma história vivida por inúmeras pessoas, muitas vezes confusas com os fatos que estão em jogo.


O drama dirigido por Yen Tan, é uma continuação de um curta-metragem com o mesmo nome, lançado em 2016, participou de alguns festivais, e foi vencedor de vários prêmios, o filme conta a história de Adrian Lester (Cory Michael Smith), um rapaz homossexual que após três anos longe de casa, retorna ao Texas para revelar a família que está com AIDS.


O longa é extremamente comovente, a forma como a história foi retratada e até mesmo o fato do filme ser em preto em branco, dá um ar de sensibilidade, era como se pudéssemos sentir o mesmo que o personagem, desde o inicio é possível sentir a tristeza e o pesar que Adrian carrega, principalmente por não saber como contar sobre sua doença para seus pais religiosos.


A homossexualidade traz consigo uma série de fatores, que muitas vezes a sociedade não sabe como discutir sobre eles, por isso infelizmente, ainda existem muitas mortes principalmente ocasionadas pelo preconceito. Retratar uma DST significa alertar sobre seus riscos e fazer com que a população entenda o quanto é importante a prevenção, e que mesmo sendo complicado é possível sim, lutar pela vida.


A incompreensão religiosa também é um fator alarmante, a doutrinação faz com que as pessoas não aceitem as mudanças que estão ocorrendo, elas fecham os olhos para mundo sem que exista um meio termo, é certo ou errado, céu ou inferno. Muitas vezes essa intolerância é colocada em prática dentro de casa, o que torna as coisas muito mais difíceis, nem todas as pessoas que se descobriram homoafetivas tem uma boa relação com suas famílias, em muitos casos algumas pessoas chegam a cortar relações por não serem aceitas por seus familiares, e isso infelizmente é mais comum do que parece.



O texto foi publicado no site CFNotícias:


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