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Foto do escritorVictória Profirio

Crítica: O enigma da Rosa

Atualizado: 14 de nov. de 2022


´´O Enigma da Rosa`` (Bajo La Rosa) dirigido por Josué Ramos, retrata a história do casal Oliver (Pedro Casablanc) e Julia (Elisabet Gelabert), que tem sua filha caçula Sara (Patricia Olmedo) raptada. Conforme os dias passam, a angústia por notícias da menina aumenta, até que o casal recebe um telefone de um homem desconhecido, afirmando que está com a garota, e que deseja encontrá-los pessoalmente.


O filme começa bem, entretanto o desenvolvimento da história pode parecer confuso. Conforme as cenas avançam, é possível criar especulações diferentes do que aconteceu para que as circunstâncias chegassem aquele ponto. O desespero da família é perfeitamente aceitável diante do sumiço da criança, porém, quando o sequestrador adentra a residência, sua única exigência é que os familiares revelem um segredo.


É neste momento que uma tensão é criada, e conforme as confidências vão surgindo, mais parece que a família está participando do famoso jogo ´verdade ou desafio`, pois, para cada segredo revelado existe uma consequência sugerida pelo sequestrador. Em alguns momentos, o longa dá a entender que os castigos aplicados aos familiares, servem como uma lição de moral pelos erros cometidos no passado.


Embora o desenvolvimento da história pareça um pouco sem nexo, o final com certeza é plausível, e justificável perante tamanha crueldade revelada no último segredo. Além disso, por mais que o filme seja um suspense, a produção fez questão de deixar uma única pista como referência logo nas primeiras cenas, e é esse desenvolvimento, que representará um desfecho categórico.


O longa não está entre as melhores produções do ano, acredito que muito do que foi exibido, poderia ter sido aprimorado em diversos aspectos, porém, nem tudo são pontos negativos, já que o filme buscou abordar defeitos e características especificas de um ambiente familiar tóxico, no qual a única pessoa relativamente pura, fosse a personagem Sara.


Todos ali cometeram alguma obscuridade em seu passado, e para cada erro houve uma consequência, foi um modo assertivo da produção de tentar mostrar ao espectador que nada fica impune, e que um segredo pode custar muita coisa.



Publicado no site CFNotícias, em 17/10/2019.


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