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Foto do escritorVictória Profirio

Crítica: Questões de Família

Atualizado: 14 de nov. de 2022


Um dos principais fatores capazes de desestruturar uma família, normalmente, é ocasionado por uma grave doença, ou até mesmo pela falta de afetividade no antro familiar. Para algumas pessoas, essas questões não seriam um problema, até se tornarem uma responsabilidade.


´´Questões de Família`` (April, May and June) dirigido por Will Koopman, conta a história das irmãs April (Linda de Mol), May (Elise Schaap), June (Tjitske Reidinga), que são filhas da mesma mãe, porém, com pais distintos. Quando descobrem que sua mãe está muito doente, e que não deseja prolongar seu sofrimento, todas são informadas de que deverão cuidar de Jan (Bas Hoeflaak), o irmão caçula, e que é autista.


Diante de tamanha surpresa, as irmãs se questionam se estão aptas para cumprir com essa responsabilidade. E no decorrer dos acontecimentos, elas percebem que tudo o que precisam é se conhecerem novamente.


Lidar com a doença de um ente querido é sempre algo muito difícil, por mais que saibamos que nem sempre a vida é composta por momentos felizes, nunca estamos de fato, preparados para notícias ruins. A mãe de April, May e June, possui um câncer em estágio avançado, devido ao vício em cigarro desde sua juventude, apesar disso, a personagem encara sua situação de forma bem humorada, fazendo com que o espectador até se esqueça de sua doença em alguns momentos.


Por mais que a doença da mãe, e a preocupação de cuidar de uma pessoa com espectro autista, tenham servido como base para construir a história, o filme nos apresenta uma narrativa descontruída desses dois fatores. Todo o enredo é muito mais voltado aos conflitos individuais de cada personagem, e todos estão intimamente ligados as relações amorosas de cada um.


Conforme a história vai avançando, as irmãs finalmente percebem que nem tudo na vida acontece como planejado, é que a solução normalmente está ligada ao comprometimento, e a empatia. É a partir desse ponto que elas percebem que só serão suficientes para o outro, quando descobrirem o amor próprio, e como ele liberta alguém que sempre esteve preso dentro de si mesmo.



Texto publicado no site A Toupeira em 02/07/2020.


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