Em 1968, sete líderes de grupos contrários a Guerra do Vietnã, são julgados por terem organizado uma onda de protestos durante a Convenção do Partido Democrata em Chicago. Os eventos deveriam ter ocorrido de forma pacífica, mas as coisas saíram do controle, e as ruas foram transformadas em verdadeiros campos de batalha.
De um lado, uma força policial truculenta, uma justiça preconceituosa, e um governo prepotente. Do outro, jovens movidos pelo bem comum, e dispostos a fazerem história com suas próprias mãos caso seja necessário. Juntos, eles levam seu julgamento para além de uma sala de tribunal, e fazem com que todo o país ouça o que eles tem a dizer.
´´Os 7 de Chicago`` dirigido e roteirizado por Aaron Sorkin, é com certeza uma produção excepcional no que diz respeito a retratar a importância dos fatos que levaram ao julgamento dos rapazes. O filme é baseado em acontecimentos históricos, utiliza a Guerra do Vietnã como pano de fundo, mas deixa claro que a principal luta está no combate a opressão policial e governamental, além do direito a liberdade de expressão no que se refere aos nossos ideais.
Em determinados momentos, a produção utiliza cenas retiradas de arquivos reais para completar o embasamento em tudo o que está senda apresentado. O filme também frisa a passagem de tempo, e até mesmo retorna ao passado recente algumas vezes, tudo isso tem o objetivo de nos manter focados no cenário principal: o tribunal.
O longa é repleto de mensagens claras sobre o racismo, desigualdade, ações antidemocráticas, entre outras questões atemporais importantíssimas, e que ganharam o devido destaque com uma produção que não se preocupou em ser sútil, mas sim em expor uma realidade que ocorre de forma severa e cruel.
´´Os 7 de Chicago`` concorre ao Oscar neste domingo (25/04), em seis categorias diferentes, são elas: Melhor Roteiro Original, Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Canção Original, e Melhor Ator Coadjuvante. O longa está disponível na Netflix.
Texto publicado em Cinema & Companhia, do portal ArteCult.
Link da publicação:
Kommentare