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Foto do escritorVictória Profirio

Crítica: Os 7 de Chicago - Toda revolução começa com o primeiro passo

Atualizado: 14 de nov. de 2022


Em 1968, sete líderes de grupos contrários a Guerra do Vietnã, são julgados por terem organizado uma onda de protestos durante a Convenção do Partido Democrata em Chicago. Os eventos deveriam ter ocorrido de forma pacífica, mas as coisas saíram do controle, e as ruas foram transformadas em verdadeiros campos de batalha.


De um lado, uma força policial truculenta, uma justiça preconceituosa, e um governo prepotente. Do outro, jovens movidos pelo bem comum, e dispostos a fazerem história com suas próprias mãos caso seja necessário. Juntos, eles levam seu julgamento para além de uma sala de tribunal, e fazem com que todo o país ouça o que eles tem a dizer.


´´Os 7 de Chicago`` dirigido e roteirizado por Aaron Sorkin, é com certeza uma produção excepcional no que diz respeito a retratar a importância dos fatos que levaram ao julgamento dos rapazes. O filme é baseado em acontecimentos históricos, utiliza a Guerra do Vietnã como pano de fundo, mas deixa claro que a principal luta está no combate a opressão policial e governamental, além do direito a liberdade de expressão no que se refere aos nossos ideais.


Em determinados momentos, a produção utiliza cenas retiradas de arquivos reais para completar o embasamento em tudo o que está senda apresentado. O filme também frisa a passagem de tempo, e até mesmo retorna ao passado recente algumas vezes, tudo isso tem o objetivo de nos manter focados no cenário principal: o tribunal.


O longa é repleto de mensagens claras sobre o racismo, desigualdade, ações antidemocráticas, entre outras questões atemporais importantíssimas, e que ganharam o devido destaque com uma produção que não se preocupou em ser sútil, mas sim em expor uma realidade que ocorre de forma severa e cruel.


´´Os 7 de Chicago`` concorre ao Oscar neste domingo (25/04), em seis categorias diferentes, são elas: Melhor Roteiro Original, Melhor Filme, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Canção Original, e Melhor Ator Coadjuvante. O longa está disponível na Netflix.



Texto publicado em Cinema & Companhia, do portal ArteCult.


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